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Barry Sheene

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Barry Sheene: A Vida, a Velocidade e os Excessos do Ícone das Pistas

Barry Sheene não foi apenas um campeão sobre duas rodas — ele foi um símbolo de uma era em que o talento e o carisma aceleravam lado a lado. Nascido em 11 de setembro de 1950, em Londres, Sheene se tornou um dos pilotos mais populares e controversos da história do motociclismo, tanto por sua habilidade nas pistas quanto por seu estilo de vida extravagante, que incluía fama, mulheres, festas e, notoriamente, o cigarro.


Carreira e Conquistas

Barry Sheene brilhou nas pistas principalmente durante a década de 1970, quando conquistou seus dois títulos mundiais na categoria 500cc — a principal do Mundial de Motovelocidade da época — em 1976 e 1977, pilotando pela Suzuki. Ele foi o primeiro britânico a vencer um campeonato de 500cc desde 1951, o que o transformou em herói nacional.

Além de seus 2 títulos na principal categoria da motovelocidade, Sheene era conhecido pela bravura. Em 1975, sofreu um dos acidentes mais graves já vistos na categoria, quebrando pernas, braços, costelas e até perfurando o pulmão. Apenas sete semanas depois, já estava de volta às pistas. Seu retorno triunfal o transformou em um símbolo de superação.


O Playboy das Pistas

Fora das pistas, Barry Sheene era o retrato do hedonismo dos anos 70. Frequentava festas, namorava modelos e vivia cercado de celebridades. Seu estilo de vida o aproximou de outro ícone da velocidade e da rebeldia: James Hunt, campeão mundial de Fórmula 1 em 1976. Os dois formaram uma dupla lendária de bons vivants — conhecidos por suas conquistas dentro e fora das pistas. A amizade entre Sheene e Hunt transcendeu os esportes, simbolizando o glamour e a rebeldia da época.


Vícios, Polêmicas e Curiosidades

Um dos traços mais marcantes (e controversos) da personalidade de Sheene era seu vício em cigarros. Ele fumava compulsivamente — algo impensável para um atleta de alto rendimento nos dias atuais. Uma das histórias mais lendárias sobre sua excentricidade é que mandou fazer um buraco no capacete para poder fumar enquanto esperava na concentração antes das corridas. Era o tipo de detalhe que escandalizava uns e encantava outros, mas que definitivamente reforçava sua imagem de rebelde.

Sheene também era franco e crítico com relação à segurança das pistas e ao comportamento das equipes e dirigentes. Suas opiniões fortes e carisma natural fizeram dele uma figura de destaque tanto entre os fãs quanto na mídia.


A Morte Prematura

Infelizmente, o mesmo vício que marcou sua personalidade acabou contribuindo para sua morte precoce. Barry Sheene foi diagnosticado com câncer no esôfago e no estômago em 2002. Lutou com bravura contra a doença, inclusive recorrendo a métodos alternativos de tratamento. No entanto, faleceu em 10 de março de 2003, aos 52 anos, na Austrália, onde vivia desde os anos 80.


Legado Imortal

Barry Sheene foi mais do que um piloto: foi uma lenda. Ele trouxe o motociclismo para os holofotes do Reino Unido e ajudou a moldar a imagem do piloto como um astro pop. Seu número 7 ficou eternizado, e seu estilo de pilotagem agressivo e ousado segue inspirando gerações.

Hoje, seu nome está entre os grandes do esporte, ao lado de ícones como Valentino Rossi e Giacomo Agostini — mas com uma aura única de irreverência, coragem e carisma que apenas Barry Sheene poderia ter.

🏁 Linha do Tempo – Barry Sheene: A Vida a 300 km/h

📅 1950 – Nasce em Londres, Inglaterra
📅 1968 – Inicia carreira profissional nas categorias de base do motociclismo
📅 1970 – Participa da primeira corrida no Mundial de Motovelocidade (classe 125cc)
📅 1975 – Sofre grave acidente no GP da Inglaterra (Daytona), fratura 11 ossos e volta às pistas em apenas 7 semanas
📅 1976 – Campeão mundial de 500cc com a Suzuki
📅 1977 – Bicampeão mundial de 500cc
📅 1982 – Abandona a equipe oficial e vai correr com equipes privadas, resultados diminuem
📅 1984 – Aposenta-se oficialmente das corridas
📅 Anos 90 – Muda-se para a Austrália com a família
📅 2002 – Diagnosticado com câncer no esôfago e estômago
📅 2003 – Morre aos 52 anos


🎯 Curiosidades Rápidas

  • 🔥 Fumava 40 cigarros por dia mesmo sendo atleta de elite.
  • 🕳️ Fez um buraco no capacete para fumar enquanto esperava a largada.
  • ❤️ Casado com Stephanie McLean, ex-modelo, com quem teve dois filhos.
  • 🤕 Sobreviveu a um acidente com mais de 30 fraturas — e voltou a correr semanas depois.
  • 🏆 Primeiro britânico campeão de 500cc na era moderna.
  • 🎤 Após a aposentadoria, foi comentarista de corridas na TV australiana.

Frase que resume o espírito de Sheene:

“Eu só quero me divertir e correr. A vida é muito curta para ser levada tão a sério.” — Barry Sheene


Por Jeison Marques

Domine o Contraesterço: A Técnica que Revolucionou a Forma de Fazer Curvas na Motovelocidade

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Se você já pilotou uma motocicleta em velocidade ou acompanhou de perto uma corrida de motovelocidade, provavelmente já ouviu falar da técnica do contraesterço — um dos segredos mais importantes por trás da performance e da segurança nas curvas em alta velocidade. Utilizada há décadas pelos grandes nomes da motovelocidade mundial, essa técnica é essencial não apenas para os pilotos profissionais, mas também para motociclistas que querem elevar seu nível de pilotagem com mais controle e confiança.


O Que é o Contraesterço?

O contraesterço, também chamado de “countersteering”, é uma técnica contraintuitiva à primeira vista: para virar a moto para a esquerda, o piloto pressiona o guidão para a direita, e vice-versa. Esse pequeno movimento, muitas vezes de poucos milímetros, é o que inicia a inclinação da motocicleta na direção desejada da curva.

Essa técnica não é opcional: a partir de velocidades superiores a 20 km/h, qualquer curva feita com sucesso só é possível por meio do contraesterço, mesmo que o piloto não perceba que está utilizando-a.


A Física por Trás da Técnica

A explicação está na dinâmica do giroscópio e na física do equilíbrio. Quando o piloto pressiona levemente o guidão para o lado oposto ao da curva, ele cria uma força que desequilibra a motocicleta para o lado desejado. Esse movimento gera um momento giroscópico nas rodas, que, combinados com o deslocamento do centro de massa, força a motocicleta a se inclinar.

Em resumo, o contraesterço atua como um “empurrão controlado” que leva a moto ao ângulo ideal de inclinação para fazer curvas mais fechadas, com mais aderência e maior velocidade, sem perder a estabilidade.


Das Pistas para as Ruas: Origem e Evolução da Técnica

Apesar de parecer técnica moderna, o contraesterço começou a ser utilizado ainda nas primeiras décadas das competições de motovelocidade. Pilotos perceberam que, em altas velocidades, simplesmente “virar o guidão” como em uma bicicleta não era eficiente — e pior, era perigoso.

Foi nas pistas que a técnica foi observada, refinada e ensinada. Instrutores de pilotagem e engenheiros logo começaram a estudar a dinâmica envolvida e incorporaram o conceito no treinamento de novos pilotos. Hoje, campeões da MotoGP, como Marc Márquez, Pecco Bagnaia e outros, aplicam o contraesterço com maestria em cada curva milimetricamente controlada.


Como Aplicar o Contraesterço na Prática

  1. Escolha um local seguro para treinar, como um circuito fechado ou um espaço amplo e sem obstáculos.
  2. Em velocidade constante (acima de 20 km/h), pressione suavemente o guidão para o lado contrário da curva desejada.
  3. Sinta a moto inclinar para o lado correto. Nesse momento, mantenha os braços relaxados e o olhar para o ponto de saída da curva.
  4. Não tente “virar o guidão” como em baixa velocidade — o contraesterço é sutil, porém eficaz.

Com o tempo, o piloto passa a aplicar a técnica de forma automática, especialmente quando associada ao posicionamento correto do corpo e à frenagem eficiente antes da curva.


Benefícios para a Performance e a Segurança

  • Maior controle da inclinação da motocicleta;
  • Entradas mais precisas nas curvas, permitindo trajetórias mais agressivas em pista;
  • Redução de riscos de derrapagem, pois a moto se mantém mais estável ao longo da curva;
  • Melhora a capacidade de reação, principalmente em situações de emergência em alta velocidade.

Conclusão

O contraesterço é uma técnica essencial no arsenal de qualquer motociclista que deseja evoluir sua pilotagem. Mais do que um truque de pista, é uma aplicação direta da física ao serviço da velocidade e da segurança. Dominar essa técnica pode ser o divisor de águas entre o piloto casual e o verdadeiro mestre das curvas.

E como dizem nas pistas: a velocidade reta é apenas potência — é nas curvas que está a arte da pilotagem.


Por Jeison Marques

Marc Márquez dá show em Mugello e vence GP da Itália 2025 com autoridade, Vitória 93 do piloto #93

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O domingo (22) em Mugello foi de tirar o fôlego. Em uma das corridas mais intensas da temporada, Marc Márquez mostrou por que é o líder do campeonato e brilhou sob pressão no templo italiano da velocidade. O piloto da Ducati Lenovo Team venceu com autoridade, após batalhas emocionantes com Pecco Bagnaia e seu irmão Alex Márquez, firmando-se como o nome mais temido da temporada 2025 da MotoGP.

Disputa intensa desde a largada: Márquez vs. Bagnaia

A largada foi marcada por uma verdadeira guerra de nervos entre os pilotos da Ducati oficial. Marc e Bagnaia travaram uma disputa curva a curva pela liderança nas voltas iniciais, incendiando a torcida italiana que lotava as arquibancadas. A cada ultrapassagem e troca de posição, os fãs reagiam com entusiasmo — mas também com tensão, vendo seu ídolo italiano sendo desafiado pelo espanhol dominante.

Tudo mudou na volta 6, quando Alex Márquez, em desempenho brilhante com a Gresini Ducati GP24, mergulhou por dentro e ultrapassou os dois rivais de uma só vez, assumindo a liderança com autoridade.

Bagnaia sente a moto, mas segura o ritmo

Pouco depois, os problemas começaram para Bagnaia. O italiano passou a enfrentar instabilidade na roda dianteira e chegou a escorregar na última curva, mas conseguiu se manter competitivo. Mesmo com dificuldades, acompanhou de perto o ritmo dos irmãos Márquez e ainda tentou reagir nas voltas finais.

Marc, no entanto, retomou a liderança logo após ser superado por Alex e não olhou mais para trás, abrindo vantagem e controlando a corrida com maestria.

Fabio di Giannantonio brilha e conquista pódio em casa

Nas voltas finais, quem chamou a atenção foi Fabio di Giannantonio, também a bordo de uma Ducati GP25, mas pela equipe VR46. O italiano apresentou um ritmo fortíssimo, aproximando-se do pelotão da frente e entrando na briga direta pelo pódio. Na penúltima volta, ele deixou Bagnaia para trás em uma manobra limpa e eficaz, garantindo um lugar no top 3 — e o aplauso da torcida local, ainda que dividida.

Viñales cai, Morbidelli se complica

Outro destaque da corrida foi Maverick Viñales, que chegou a figurar entre os cinco primeiros e igualava os tempos dos líderes. No entanto, uma tentativa precipitada de ultrapassagem de Franco Morbidelli acabou resultando em um toque que tirou Viñales da prova. Morbidelli foi penalizado com uma volta longa, que acabou cumprindo duas vezes após erro de procedimento, comprometendo sua corrida e finalizando em 6º lugar.

Volta da vitória e clima tenso com a torcida

Após cruzar a linha de chegada em primeiro, Marc Márquez celebrou sua vitória empunhando a bandeira da Ducati Corse, em uma cena emblemática. Na volta da vitória, ele fez questão de parar em frente à tribuna oficial da Ducati, tentando se conectar com a apaixonada torcida italiana.

O gesto, porém, teve recepção fria. Muitos torcedores aplaudiram por cortesia, outros permaneceram em silêncio — um reflexo do conflito emocional de ver um espanhol triunfando com a marca mais nacionalista da MotoGP. A vitória de Márquez foi incontestável, mas o amor dos Ducatistas ainda parece dividido.

Destaque para a pintura das motos oficiais da Ducati, inspirada no Renascimento, a pintura foi desenhada por Aldo Drudi e pelo historiador Marcello Simonetta, vieram representar tanto os cavaleiros como suas motos como as montarias da Ducati.

Classificação final – GP da Itália 2025

PosPilotoPaísEquipeMotoDif.
1Marc MarquezESPDucati Lenovo TeamDucati GP25
2Alex MarquezESPBK8 Gresini Racing MotoGPDucati GP24+1.942
3Fabio di GiannantonioITAPertamina Enduro VR46 Racing TeamDucati GP25+2.136
4Pecco BagnaiaITADucati Lenovo TeamDucati GP25+5.081
5Marco BezzecchiITAAprilia RacingAprilia RS-GP+9.329
6Franco MorbidelliITAPertamina Enduro VR46 Racing TeamDucati GP24+16.866
7Raul FernandezESPTrackhouse RacingAprilia RS-GP+18.526
8Pedro AcostaESPRed Bull KTM Factory RacingKTM RC16+19.349
9Brad BinderRSARed Bull KTM Factory RacingKTM RC16+19.377
10Ai OguraJPNTrackhouse RacingAprilia RS-GP+21.943
11Joan MirESPHonda HRC CastrolHonda RC213V+22.877
12Fermin AldeguerESPBK8 Gresini Racing MotoGPDucati GP24+25.578
13Fabio QuartararoFRAMonster Energy YamahaYamaha M1+26.123
14Miguel OliveiraPORPrima Pramac RacingYamaha M1+26.130
15Alex RinsESPMonster Energy YamahaYamaha M1+28.155
16Takaaki NakagamiJPNHonda HRC CastrolHonda RC213V+33.110
17Lorenzo SavadoriITAAprilia RacingAprilia RS-GP+40.900
18Somkiat ChantraTHALCR Honda IDEMITSUHonda RC213V+1:10.075

Destaques e abandonos

Além da queda de Viñales, a corrida teve abandonos de Enea Bastianini, Jack Miller e Johann Zarco. O estreante Fermín Aldeguer, da Gresini, teve uma escapada já na primeira volta, mas conseguiu se recuperar e completar em 12º. A disputa pelo meio do pelotão foi intensa, com boas atuações de Pedro Acosta, Brad Binder e o japonês Ai Ogura.

Campeonato esquenta com domínio de Márquez

Com mais uma vitória, Marc Márquez amplia sua vantagem na liderança do campeonato e se consolida como o grande favorito ao título de 2025. Adaptado à moto da Ducati e em forma física impecável, ele parece imbatível — mesmo em pistas onde a emoção e o favoritismo deveriam estar do lado italiano.


Próxima parada: Assen

O circo da MotoGP agora segue para o GP da Holanda, em Assen— Resta saber se alguém será capaz de frear o furacão espanhol que tomou conta da Ducati e do Mundial 2025.

Fique com a gente para mais atualizações, análises e bastidores da temporada! 🏍️🔥

Por Jeison Marques


Marc Márquez brilha com virada magistral no Sprint de Mugello

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Mugello, 21 de junho de 2025 – O Circuito de Mugello viveu neste sábado uma das corridas sprint mais eletrizantes da temporada de MotoGP, com Marc Márquez protagonizando uma virada espetacular para conquistar sua oitava vitória em nove sprints neste ano.

1. Começo turbulento, reviravolta arrebatadora

Apesar de ter conquistado a histórica 100ª pole position no circuito, Márquez teve uma largada problemática: um erro no launch control o fez despencar para o oito lugar na primeira curva, abrindo espaço para Francesco Bagnaia assumir a liderança, com Álex Márquez logo atrás (as.com).

2. Duelo intenso entre irmãos e italianos

No início, Bagnaia dominava e a torcida transalpina vibrava, até que Álex Márquez protagonizou uma manobra ousada, contornando o piloto da Ducati com leve toque entre motos . Enquanto isso, Marc Márquez começava a encostar no grupo da frente, tranquilo, porém implacável.

3. A virada do #93

Em apenas quatro voltas, Márquez ultrapassou Marco Bezzecchi e em seguida tanto Álex quanto Bagnaia, tomando a liderança e abrindo vantagem para conquistar o topo do pódio (crash.net).

4. Resultado final da corrida sprint

  1. Marc Márquez (Ducati Lenovo) – com impressionantes 19m31.416s (crash.net)
  2. Álex Márquez (BK8 Gresini Ducati) – a 1,441s do irmão (crash.net)
  3. Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo) – completou o pódio, 2,561s atrás (crash.net)
  4. Maverick Viñales (KTM) e Fabio Di Giannantonio (VR46 Ducati) fecharam o top‑5 (crash.net).

5. Imagens, reações e estatísticas

  • A vitória consolida o domínio avassalador de Márquez em sprints (8 de 9) e amplia ainda mais sua liderança no campeonato — com 35 pontos de vantagem sobre Álex e 98 sobre Bagnaia (as.com).
  • Parte da torcida de Mugello vaiou-o, mas também houve aplausos pela performance — Márquez reagiu sorridente, ignorando as vaias (as.com).
  • A performance também encerrou a sequência de cinco vitórias consecutivas de Bagnaia em Mugello (incluindo sprints) (crash.net).

🧭 Conclusão

Marc Márquez confirmou neste sábado em uma pista que não é uma de suas preferidas que é piloto mais completo do grid. Mesmo com adversidades técnicas no início, ele retomou com precisão cirúrgica, venceu de ponta a ponta e reforçou sua candidatura ao título. A disputa entre os irmãos Márquez e Bagnaia manteve o sprint quente do início ao fim, com ultrapassagens de tirar o fôlego e manchetes garantidas.

Agora, a expectativa se volta para a corrida principal de domingo, onde Márquez tentará manter o embalo e ampliar ainda mais sua vantagem no Mundial. Fechará o fim de semana com chave de ouro?

MotoGP 2025, GP da Itália, Mugello, Corrida Sprint, Resultado Final:

POSPilotoEquipeDiff
1M MÁRQUEZDucati11 voltas
2A MÁRQUEZGresini Ducati+ 1.441
3F BAGNAIADucati+ 2.561
4M VIÑALESTech3 KTM+ 3.099
5F DI GIANNANTONIOVR46 Ducati+ 4.139
6M BEZZECCHIAprilia+ 6.391
7F MORBIDELLIVR46 Ducati+ 7.631
8R FERNÁNDEZTrackhouse Aprilia+ 8.926
9F ALDEGUERGresini Ducati+ 10.361
10F QUARTARAROYamaha+ 11.096
11E BASTIANINITech3 KTM+ 11.870
12A OGURATrackhouse Aprilia+ 12.930
13M OLIVEIRAPramac Yamaha+ 13.916
14J MIRHonda+ 15.460
15T NAKAGAMIHonda+ 17.038
16J MILLERPramac Yamaha+ 20.031
17L SAVADORIAprilia+ 20.729
18A RINSYamaha+ 24.661
19S CHANTRALCR Honda+ 31.539
 P ACOSTAKTMAbandonou
 B BINDERKTMAbandonou
 J ZARCOLCR HondaAbandonou

Por Jeison Marques

Scrambler 900

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Em 2001, quando eu era um feliz proprietário de uma BMW GS 1100, um amigo me ofereceu uma Triumph Tiger 900 para dar uma volta. Poucos quilômetros depois eu já sabia qual seria minha próxima moto. Depois de andar toda vida com motos vibrantes, finalmente havia encontrado uma moto alta, confortável, com um motor de tirar o fôlego (tratando-se de big trail) e o melhor de tudo: sem vibrações. Ou quase sem elas, que me incomodavam muito em viagens com as outras motos.


Desde então praticamente só andei de Triumph. Foram duas Tiger 955i, uma Tiger 1050 e uma Tiger Explorer 1200 XCA. A excessão foi uma Suzuki LC 1500 (só pra curtir uma custom) e um período em que andei de Yamaha Super Ténéré 1200 entre 2012 e 2014.
Por motivos diversos que estavam me impedindo viajar de moto e por ter uma forte atração pelas motos com estilo mais antigo, tipo vintage e clássicas, comprei uma Triumph Street Scrambler.

Estilo

O estilo Scrambler surgiu na Inglaterra na década de 20 e caracterizava motos despojadas de cromados e peças desnecessárias e calçadas com pneus para encarar todo tipo de terreno. Naquela época não existiam as motos trail e os motociclistas pegavam suas motos comuns e as adaptavam. Além dos pneus, mudava-se as suspenções, o escapamento (que era colocado em uma posição mais alta para encarar alagados e para não bater em pedras) e era colocado um guidom mais largo. E assim nasceram as motos de estilo Scrambler.


O design da atual Scrambler da Triumph, que é derivada diretamente da Boneville, é oriundo das décadas de 50/60 onde os pilotos faziam as alterações e adaptações necessárias para participarem de corridas na terra. O painel é despojado e vintage mas é bem completo. Conta com velocímetro, conta giros, indicador de marcha, hodômetro total e dois parciais, autonomia, consumo médio e instantâneo, indicador de manutenção e relógio. Embaixo do banco existe uma prática tomada USB para carregar dispositivos eletrônicos.


Na parte ciclistica esta clássica traz rodas raiadas com aro 19 na frente e 17 na traseira. Equipada com pneus Metzeler Tourance, a moto é muito fácil de manobrar, tem boa estabilidade, é muito maneável e bem equilibrada pois tem seu centro de gravidade relativamente baixo. No geral a moto não é feita para ser usada no modo desempenho máximo mas sim para uma pilotagem descompromissada pra ir curtindo a paisagem

Na parte de frenagem temos um eficiente disco de 310 mm na dianteira e um disco de 255 mm na traseira com ABS comutável. Esse conjunto da Brembo garante uma ótima frenagem e é condizente com a proposta da moto que é muito fácil de ser conduzida por qualquer piloto, mesmo que tenha baixa estatura ou não tenha muita experiência. Vale ressaltar que tanto o ABS quanto o controle de tração podem ser desligados caso necessário ou desejado.
O motor agora tem 900cc, dois cilindros paralelos, é refrigerado a água e tem 65cv. Apesar de ter o virabrequim desencontrado a 270 graus, é pouco vibrante e o ruído é baixo e agradável (como opcional existe uma ponteira dois em um esportiva).

A Scrambler 900 anda sem vibrações até 100/110 km/h. Acima disso o vento no peito e as vibrações começam a incomodar um pouco. Por aí se nota que não é uma moto para altas velocidades e viagens longas apesar de ela ir fácil a 170/180 por hora. O torque não deixa a desejar e está disponível desde as baixas rotações. As suspensões cumprem com a proposta da moto e ambas têm 120mm de curso. A dianteira absorve bem as irregularidades do nosso piso enquanto que a traseira, apesar de regulável, me parece um pouco dura demais (existe a opção de amortecedores traseiros mais profissionais). Dá até pra pegar uma estradinha de chão batido mas as suspensões não são feitas para um off road pesado. Os pneus on/off são macios e oferecem boa aderência tanto no asfalto como naquela estradinha de chão leve.

Conforto

O banco do piloto é enorme e muito confortável e no lugar para o garupa pode ser instalado um pequeno banco, um rack ou ainda um banco inteiriço normal para duas pessoas que pode ser adquirido na própria Triumph como acessório original, que foi o meu caso.
A Scrambler que conhecemos hoje começou a ser fabricada em 2006 e algumas unidades foram importadas pela Triumph. Em 2015 ela foi profundamente reestilizada e modernizada com aparatos eletrônicos e em 2018 começou a ser vendida novamente no Brasil com o nome de Street Scambler. Para quem quer uma Scrambler mais voltada ao off road existe a Scrambler 1200, essa sim uma autêntica off road mas não tão clássica ou tão vintage como a 900.

Por Miguel Persch

Ducati GP24 vs GP25: por que há quem prefira a “velha”

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Enquanto a GP25 chega à pista como evolução da bem-sucedida GP24, muitos pilotos — incluindo Franco Morbidelli (como observador), Francesco Bagnaia e Fabio Di Giannantonio — confessam sentir maior sensibilidade na dianteira na moto de 2024, mesmo diante de menor potência e tração da mesma.

🏍️ Diferenças técnicas que fazem toda a diferença GP24 vs GP25

  • Motor: A GP25 usa uma versão modificada do motor de 2024, com alterações internas sutis, mas que afetam a inércia do conjunto e, consequentemente, o equilíbrio da moto na entrada de curva e frenagem (the-race.com).
  • Height ride system (sistema de altura de pilotagem): Na moto 2025, foi alterado para favorecer aderência traseira e aceleração, mas isso resultou em perda de sensibilidade dianteira durante o braking phase .
  • Estabilidade vs feeling: Bagnaia destacou que a GP25 “é mais estável em viragens rápidas”, mas admite que para entrar forte nas curvas, obtém mais confiança na GP24. ele elogiou a aceleração e estabilidade da GP25, apesar dos maior trabalho na frenagem (motorcyclesports.net). Nota do Maniamoto essa melhor tração piora a entrada de curva com a traseira empurrando muito e desestabilizando a frente, ocasionando frequentes quedas.

Vozes dos pilotos na pista

Morbidelli afirma que observou em seu duelo com Marc que a GP25 sacrifica o feeling dianteiro a favor de mais grip na traseira — motivo pelo qual ele, entre outros, sente a GP24 mais ágil e responsiva.

Bagnaia, por sua vez, reconheceu que a nova versão tem vantagens, mas ressalta que, em frenagens, a moto de 2024 ainda oferece mais confiança na entrada .

Já Di Giannantonio, terceiro piloto a guiar a GP25, declarou que também sofre com a falta de sensibilidade na dianteira, especialmente ao atacar forte com o freio (motomatters.com).

GP24 vs GP25 qual a melhor.

🧠 O caso Marc Márquez: instinto afiado e histórico determinante

Para Marc Márquez, acostumado ao temperamento “arisco e bruto” da Honda RCV que sempre exigiu confiança na dianteira instável, o cenário da GP25 é familiar —

e talvez até natural.

O espanhol sempre preferiu motos com motor explosivo, entrega imediata e comportamento imprevisível — características que combinam com a Desmosedici GP25. O shape da moto, mesmo que menos sensível à frente, casa com seu estilo de pilotagem agressivo e sua capacidade de sentir o limite do pneu, especialmente no momento da frenagem.

Além disso, sua experiência com motos de dianteira “problemática” como a RCV e sua habilidade técnica permitem que ele extraia o máximo da GP25 sem sofrer tanto —

o que explica seu bom desempenho, mesmo com uma moto “crua” por essa perspectiva.

🧩 Resumo da comparação GP24 vs GP25

CaracterísticaGP24 (2024)GP25 (2025)
Sensibilidade dianteiraAlta – melhor feeling na frenagemMenor – perde feeling em curvas fortes
Aceleração e traçãoÓtima, mas menos refinada que a atualExcelente Mais aderência traseira, +potência
EstabilidadeBoa, mas menos eficaz em alta velocidadeMaior, especialmente em viragens rápidas
MotorConfiável com feeling naturalMais potente, explosivo, inercial diferente

Conclusão

Muitos pilotos continuam preferindo a GP24 por seu feeling dianteiro mais refinado, essencial em certas entradas de curva e frenagens agressivas. Já a GP25, embora mais poderosa e estável, penaliza quem depende da sensibilidade inicial da roda dianteira.

Marc Márquez, no entanto, encontra na nova Desmosedici um conjunto ainda mais alinhado com seu estilo: motor forte, estabilidade agressiva e um desafio técnico bem dentro de sua expertise —

o que explica por que ele parece estar se adaptando (e vencendo) a GP25, enquanto alguns companheiros ainda sentem falta do “feeling” da temporada passada.


Por Jeison Marques

GP24 vs GP25

Dicas de Prevenção para sua Moto

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Dicas de Manutenção Preventiva em Motos: Cuide da Sua Moto e Aumente sua Vida Útil

Manter a sua moto em perfeito estado é essencial para garantir não só a sua segurança, mas também para prolongar a vida útil do veículo e otimizar seu desempenho. A manutenção preventiva é a chave para evitar problemas mais sérios e garantir que sua moto continue funcionando de forma eficiente por muitos anos. Neste artigo, vamos dar dicas valiosas sobre cuidados com a lubrificação de correntes, cabos, velas, comandos, pneus e kit relação, para que você possa manter sua moto sempre pronta para rodar.

1. Lubrificação da Corrente

A corrente é uma das partes mais importantes da moto e exige atenção especial, principalmente para quem utiliza a moto com frequência. A falta de lubrificação pode resultar em desgaste excessivo, ruídos e até quebra da corrente, prejudicando a segurança e o desempenho da moto.

Dicas para lubrificação da corrente:

  • Limpeza: Antes de lubrificar a corrente, é importante limpá-la para remover sujeiras, graxas ou outros resíduos. Utilize um produto específico para limpeza de corrente, uma escova de dentes ou uma escova de cerdas duras.
  • Lubrificação: Após a limpeza, aplique o lubrificante de corrente enquanto ela ainda estiver um pouco úmida. Evite aplicar o produto enquanto a moto estiver quente, pois a lubrificação será menos eficaz.
  • Frequência: O ideal é lubrificar a corrente a cada 500 km ou sempre que perceber que a corrente está seca ou suja. Em condições de chuva ou lama, aumente a frequência de lubrificação.

2. Manutenção dos Cabos

Os cabos de embreagem, acelerador e freios também merecem cuidados especiais. Cabos ressecados ou mal ajustados podem comprometer o desempenho da moto, tornando a pilotagem desconfortável e até perigosa.

Dicas para manutenção de cabos:

  • Lubrificação: Use lubrificantes específicos para cabos, como o óleo em spray para cabos de motocicletas. Aplique o lubrificante na extremidade do cabo e faça a movimentação do cabo para que o produto se espalhe uniformemente.
  • Verificação: Verifique periodicamente se os cabos estão frouxos, desgastados ou mal ajustados. Caso perceba alguma falha, substitua o cabo o quanto antes para evitar acidentes.
  • Ajuste: Certifique-se de que os cabos de embreagem e acelerador estão com o ajuste correto para garantir a resposta adequada dos comandos.

3. Troca de Velas

As velas são essenciais para o funcionamento do motor da moto, pois são responsáveis pela ignição da mistura de combustível e ar. Com o tempo, as velas se desgastam e podem causar falhas no motor, dificuldade na partida e perda de potência.

Dicas para manutenção das velas:

  • Substituição: As velas devem ser substituídas de acordo com as orientações do fabricante, geralmente a cada 10.000 a 20.000 km. Se a moto estiver apresentando dificuldade para ligar ou perda de desempenho, pode ser hora de verificar as velas.
  • Verificação do estado: Verifique o estado das velas ao remover e analisar os eletrodos. Se houver depósitos de sujeira, ou se os eletrodos estiverem excessivamente desgastados, substitua as velas imediatamente.
  • Ajuste de folga: Antes de instalar novas velas, verifique a folga dos eletrodos. Ajuste a folga de acordo com as especificações do manual do proprietário para garantir uma queima eficiente.

4. Ajuste e Lubrificação dos Comandos

Os comandos de embreagem, freio e acelerador são fundamentais para o controle da moto. Se não forem mantidos corretamente, podem apresentar falhas que prejudicam a pilotagem e a segurança.

Dicas para manutenção dos comandos:

  • Lubrificação: Aplique lubrificante nos cabos de comando para garantir que eles movam-se suavemente. É importante lubrificar tanto o cabo de embreagem quanto o de acelerador, além do cabo de freio, se aplicável.
  • Ajuste de tensão: Verifique e ajuste a tensão dos cabos de comando de acordo com as recomendações do fabricante. O cabo de embreagem, por exemplo, deve ter a tensão correta para que a embreagem seja acionada de forma eficiente.
  • Inspeção: Periodicamente, inspecione os comandos para garantir que estão funcionando sem dificuldades. Caso perceba alguma falha no movimento, ajuste imediatamente.

5. Cuidados com os Pneus

Os pneus são as únicas partes da moto que entram em contato direto com a estrada, e por isso merecem atenção redobrada. Pneus mal cuidados podem afetar diretamente a segurança e o desempenho da moto.

Dicas para manutenção dos pneus:

  • Verificação da pressão: Mantenha os pneus calibrados de acordo com as especificações do fabricante. Pneus com pressão baixa podem comprometer a estabilidade da moto e aumentar o risco de aquaplanagem, enquanto pneus muito cheios podem diminuir a aderência.
  • Verificação de desgaste: Verifique regularmente o desgaste da banda de rodagem. Se os sulcos estiverem muito desgastados ou se houver sinais de danificação nos pneus, é hora de trocá-los.
  • Alinhamento e balanceamento: O alinhamento e balanceamento correto das rodas garantem uma pilotagem mais segura e evitam o desgaste irregular dos pneus. Leve sua moto a um mecânico especializado para garantir que tudo esteja em ordem.
  • Rotações: Caso tenha pneus com padrões de desgaste irregulares, ou caso a moto seja usada frequentemente em estradas de terra, considere fazer a rotação dos pneus, alternando as posições de frente e traseira.

6 – Kit Relação

A cena é comum em oficinas de motos, o proprietário da moto chega na oficina e relata que está sentindo estalos ou barulho vindos da corrente. Não é raro ver o kit relação da moto (corrente, coroa e pinhão) sem folga nenhuma ou com folga além do permitido, bem como corrente “seca”, termo usual para falta de lubrificação do kit.


O Kit Relação ou Transmissão secundária, necessita de ajuste e lubrificação como qualquer peça mecânica, e tanto o ajuste quanto a lubrificação devem respeitar os prazos informados pela fabricante e não realizar a manutenção apenas quando apresentando algum problema.
É comum ver proprietários que só fazem a manutenção apenas quando a relação faz barulho ou dá tranco, porém, isso é péssimo para a manutenção da moto e para o bolso do dono da moto.
Em geral as fabricantes recomendam os prazos de manutenção:

  • Lubrificação: 500 a 1000 km rodados
  • Inspecionar a folga: 1000 km rodados (fazer o ajuste caso necessário)

O ideal é lavar o kit relação com querosene afim de limpar a corrente, coroa e pinhão, tirar todo o excesso de sujeira (mistura de areia com graxa/óleo) que fica na área do pinhão (atrás da tampa dele) e após a limpeza, passar o lubrificante, que pode ser: Graxa em Spray (para motos), Óleo SAE 80-90 ou graxa branca náutica. Essa é a ordem de agilidade de lubrificação dos produtos, ou seja, ao aplicar a graxa em spray o tempo que ela vai aderir a peça e lubrificar é mais rápido que a graxa branca por exemplo.

No caso do óleo recomenda-se passar e aguardar algumas horas para o óleo adentrar na peça e não diminuir aquela sujeira clássica no protetor de corrente. Caso ande com a moto em condições de chuva, lubrifique o kit relação em seguida, pois, a chuva tira praticamente todo o lubrificante. E caso ande por estradas com muita poeira, faça a lubrificação do kit relação antes do recomendado, porque, a poeira age como um “esfoliante” do material, ou seja, vai “limando” as peças.


Para ajustar a corrente, se atente as medidas do manual (pode variar a cada modelo de moto), e não deixe a corrente com folga excessiva ou sem folga, nesses dois cenários é um risco altíssimo de acidente.
Evite economizar nesse item primordial da motocicleta, procure marcas mais consolidadas no mercado ou até mesmo o produto original, pois, marcas milagrosamente mais acessíveis, em geral possuem material de péssima qualidade, possuindo um péssimo custo-benefício e ainda colocando em risco a vida.
Se a corrente estiver ovalizada ou estiver próxima último ajuste, troque o kit completo, não caia nessa de tirar um “gomo” da corrente ou usar até o último suspiro de vida do conjunto.

Resumo:

Lubrifique o kit relação com Graxa em Spray, Óleo SAE 80-90 e Graxa Branca seguindo os prazos recomendados no manual.
Inspecione a folga da corrente a cada 1000 km (ou conforme o manual) e ajuste sempre que necessário seguindo as medidas do manual.
Nunca tire um “gomo” da corrente.
Troque o kit relação se a corrente estiver ovalizada em um grau muito alto (impossível de ajustar), e solicite uma análise a um mecânico porque está desgastando irregular.

Conclusão: A Manutenção Preventiva é a Chave

A manutenção preventiva em motos não é apenas uma questão de prolongar a vida útil da motocicleta, mas também de garantir sua segurança e o melhor desempenho possível. Com cuidados simples e regulares, você evita surpresas e problemas inesperados, além de garantir que sua moto continue proporcionando uma pilotagem prazerosa.

Lembre-se: cada moto tem um cronograma específico de manutenção, portanto, consulte sempre o manual do proprietário e siga as recomendações do fabricante. Manter a moto bem cuidada é o segredo para uma pilotagem segura e sem imprevistos nas estradas.

Por Jeison Marques e André de Sousa (Darth)

Alexandre Barros

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Alexandre Barros: A Trajetória de um Piloto Brasileiro na Elite da Motovelocidade

Alexandre Barros é um dos maiores nomes do motociclismo brasileiro, conhecido mundialmente por sua habilidade nas pistas e por representar o Brasil com excelência em competições de motovelocidade. Com uma carreira repleta de vitórias, conquistas e momentos marcantes, Barros se tornou um ícone do esporte. Neste artigo, vamos explorar a história do piloto, suas vitórias, adversários, e sua habilidade única, especialmente em frenagens, que o colocou entre os grandes nomes da MotoGP.

Início de Carreira e Ascensão ao Mundo da MotoGP

Natural de São Paulo, Alexandre Barros nasceu em 1970 e desde cedo se interessou pelo mundo das motos. Ele começou sua carreira em competições de ciclomotores, mas logo migrou para as competições de velocidade em pista, onde mostraria seu grande talento.

Alexandre Barros é, sem dúvida, um dos maiores nomes do motociclismo mundial. Sua carreira é marcada por conquistas e grandes desafios, mostrando a determinação e a coragem que definem um verdadeiro campeão. Começando suas competições nas categorias menores e alcançando as mais prestigiadas do motociclismo mundial, Barros construiu uma trajetória notável que ainda é lembrada com admiração no esporte.

Início de Carreira: O Começo nas Categorias Menores

A jornada de Barros no motociclismo profissional começou cedo. Em 1986, ele fez sua estreia na categoria 80cc, competindo com uma Autisa e, no ano seguinte, com uma Arbizu. Seu talento logo chamou a atenção, e em 1989, passou a competir na categoria 250cc com uma Yamaha TZ250, defendendo as cores da equipe Venemotos. Esses primeiros anos foram fundamentais para o amadurecimento do piloto, preparando-o para desafios maiores.

A Chegada à Categoria Máxima: A Estréia na 500cc

Em 1990, com apenas 19 anos, Alexandre Barros deu um passo decisivo em sua carreira ao estrear na categoria máxima do motociclismo, a 500cc, pela equipe oficial Cagiva. Na época, ele era o mais jovem piloto a competir nesta categoria, e a equipe contava com outros nomes de peso, como Randy Mamola e Ron Haslam, seus companheiros de equipe. Esse foi um marco importante, não apenas pela juventude do piloto, mas também pela coragem de enfrentar o mais alto nível de competição.

A Consolidação na MotoGP: Parcerias e Conquistas

Em 1991, Barros renovou seu contrato com a equipe Cagiva, onde passou a ter como companheiro o tricampeão mundial Eddie Lawson. Juntos, a dupla representava uma combinação de juventude e experiência. Durante os anos seguintes, Barros continuou sua ascensão no cenário internacional, estabelecendo-se como um piloto talentoso e cada vez mais competitivo.

Em 1993, Barros deu outro passo importante ao se transferir para a equipe oficial Lucky Strike Suzuki. Com Kevin Schwantz, campeão mundial naquele ano, como seu companheiro de equipe, Barros teve a chance de brilhar. No Circuito Permanente del Jarama, na Espanha, ele obteve sua primeira vitória no Mundial de Motociclismo, um feito histórico que igualou a conquista do brasileiro Adu Celso, que havia vencido na categoria 350cc em 1973.

Anos de Honda e as Lutas por Vitórias

Após deixar a Suzuki em 1994, Alexandre Barros passou a integrar equipes privadas, correndo pela Honda e alcançando bons resultados. Durante os anos de 1996 a 2002, ele terminou em 4º lugar no campeonato em diversas temporadas, provando sua regularidade e capacidade de se manter competitivo entre os melhores pilotos do mundo. Suas atuações nesses anos são lembradas com carinho pelos fãs, que viam nele um piloto consistente e destemido.

Em 2003, Barros foi para a equipe oficial Yamaha Gauloises, assumindo pela primeira vez a posição de piloto número 1. Porém, no ano seguinte, ele foi contratado pela equipe oficial da Honda HRC, substituindo Valentino Rossi, que foi para a Yamaha. nesse ano termina o campeonato de 2004 em 4º lugar.

Últimas Conquistas e a Retirada das Competições

Em 2005, Barros voltou à Honda, mas agora na equipe privada de Sito Pons. Nesse ano, ele obteve sua última vitória na MotoGP, conquistando o Grande Prêmio de Portugal no Autódromo do Estoril. Esse triunfo representou o último grande feito de Barros na categoria, que ainda conseguiria terminar o campeonato em 8º lugar.

Em 2006, a falta de patrocínio levou Barros a se aventurar no Mundial de Superbike, competindo pela equipe privada Klaffi Honda. Nesse ano, o piloto obteve o 6º lugar na classificação geral, conquistando seis pódios e uma vitória no Autódromo Enzo e Dino Ferrari em Ímola.

A Habilidade de Frenagem e o Estilo de Pilotagem

Um dos maiores destaques de Alexandre Barros, que lhe rendeu a admiração de fãs e especialistas, é sua habilidade única em frenagem. Barros é amplamente reconhecido como um dos pilotos mais habilidosos em controlar a moto durante a frenagem, especialmente em curvas fechadas. Sua capacidade de entrar nas curvas de forma precisa e manter o controle da moto enquanto executava frenagens intensas fez dele um piloto formidável em pistas técnicas e desafiadoras.

Seu estilo de pilotagem, sempre muito focado na precisão e no controle, permitiu-lhe recuperar posições mesmo nas situações mais complicadas. Barros sempre teve uma ótima leitura de corrida, conseguindo controlar a moto de forma excepcional mesmo em condições de pista molhada ou com alta pressão dos adversários.

Esse domínio da frenagem, aliado à sua consistência nas corridas, fez com que ele fosse considerado por muitos como um dos pilotos mais completos da sua geração, capaz de fazer a diferença em momentos cruciais da competição.

Maiores Adversários e Rivalidades

A carreira de Barros foi marcada por intensas disputas contra alguns dos maiores nomes da motovelocidade mundial. Vamos conhecer alguns dos principais adversários que desafiaram o brasileiro nas pistas:

1. Valentino Rossi

Um dos maiores pilotos da história da MotoGP, Valentino Rossi foi, sem dúvida, um dos principais rivais de Barros durante seus anos de competição. Em várias temporadas, Barros e Rossi lutaram de perto pelas posições, principalmente nas corridas de 500cc e MotoGP. Embora Rossi tenha dominado a categoria na maioria das vezes, Barros foi um adversário constante e muito respeitado por suas habilidades, especialmente em frenagens.

2. Sete Gibernau

O espanhol Sete Gibernau também foi um dos grandes rivais de Barros, com quem competiu em várias temporadas de MotoGP. A rivalidade entre os dois pilotos foi especialmente notável nas temporadas de 2003 e 2004, quando ambos estavam entre os principais competidores do campeonato, sempre em busca de vitórias e pódios.

3. Loris Capirossi

O italiano Loris Capirossi foi outro adversário de Barros nas competições de 500cc e MotoGP. Ambos os pilotos foram grandes companheiros de pista, com Capirossi também se destacando por sua habilidade em frenagens e em corridas em circuitos técnicos. A disputa entre Barros e Capirossi foi sempre bastante acirrada, com os dois pilotos competindo pela supremacia nas pistas.

4. Nicky Hayden

O americano Nicky Hayden, campeão mundial de 2006, também foi um adversário direto de Barros durante seus últimos anos na MotoGP. Hayden, conhecido por sua consistência e força em condições difíceis, foi outro que competiu de perto com Barros em várias temporadas, mantendo uma rivalidade saudável nas disputas por pontos e pódios.

5. Troy Bayliss

O australiano Troy Bayliss, campeão mundial de Superbike, também teve sua dose de disputas com Barros, especialmente em corridas de MotoGP. Bayliss, que também competiu com a Ducati, foi um adversário de peso, e Barros teve que mostrar toda a sua habilidade nas frenagens para se manter competitivo contra o piloto australiano.

Alexandre Barros teve uma carreira notável na MotoGP, com 7 vitórias na categoria, as quais marcaram sua trajetória nas pistas. Aqui estão as vitórias de Barros e os Grandes Prêmios onde ele subiu ao pódio:

Essas vitórias de Alexandre Barros o consolidaram como um dos grandes pilotos da MotoGP, sendo uma referência para o motociclismo brasileiro e internacional. A consistência e habilidade técnica, especialmente em frenagem e controle da moto, foram elementos que ajudaram Barros a alcançar o sucesso em diversas pistas ao redor do mundo.

Conclusão: O Legado de Alexandre Barros

Embora Alexandre Barros não tenha conquistado o título mundial da MotoGP, sua carreira é um exemplo de dedicação, habilidade e consistência. Ele sempre foi um piloto extremamente técnico, conhecido por sua incrível capacidade de controle da moto, especialmente em frenagens – uma das características que o tornou único no pelotão da MotoGP.

Com suas 7 vitórias, mais de 30 pódios, e um estilo de pilotagem admirado por todos, Barros é um dos maiores pilotos brasileiros da história da motovelocidade. Sua carreira também foi um símbolo da perseverança, uma vez que ele competiu ao mais alto nível por mais de 20 anos, representando com orgulho o Brasil no cenário internacional.

Hoje, Alexandre Barros continua sendo uma referência para pilotos brasileiros e fãs de motovelocidade em todo o mundo, deixando um legado duradouro no esporte e mostrando que, com talento e determinação, é possível brilhar entre os maiores nomes do motociclismo mundial.

Jeison Marques

Valentino Rossi

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Valentino Rossi: O Legado de um Ícone da Motovelocidade

Valentino Rossi é, sem dúvida, um dos maiores nomes da história do motociclismo. Conhecido por sua personalidade carismática, estilo único de pilotagem e uma carreira recheada de vitórias, ele se tornou uma lenda não apenas dentro das pistas, mas também fora delas. Neste artigo, vamos explorar a trajetória de Rossi, seus títulos, recordes e curiosidades sobre sua vida, que o transformaram em um ícone da motovelocidade mundial.

A Origem de um Gênio da Motovelocidade

Valentino Rossi nasceu em 16 de fevereiro de 1979, na cidade de Urbino, na Itália. Filho de Graziano Rossi, um ex-piloto de motovelocidade que competiu na classe 500cc, Valentino foi introduzido no mundo das motos desde muito jovem. A paixão pela velocidade e pelas duas rodas veio naturalmente, e ele logo começou a mostrar talento nas competições de kart, antes de se aventurar no motociclismo.

Aos 17 anos, Rossi fez sua estreia no Campeonato Mundial de Motocross, mas rapidamente se destacou no motociclismo de estrada. Sua habilidade e coragem nas pistas foram notadas, e ele foi chamado para competir em categorias mais avançadas, onde sua carreira decolaria para o estrelato.

Títulos e Conquistas

Valentino Rossi conquistou um total de 9 campeonatos mundiais durante sua carreira, sendo um dos pilotos mais vitoriosos da história da MotoGP. Esses títulos estão distribuídos por várias categorias:

  • MotoGP (500cc e MotoGP): 7 títulos (2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008, 2009)
  • 250cc: 1 título (1999)
  • 125cc: 1 título (1997)

Além dos títulos, Rossi possui 115 vitórias em Grandes Prêmios, 235 pódios e 65 pole positions. Esses números o colocam entre os pilotos mais bem-sucedidos de todos os tempos.

Sua habilidade de se adaptar a diferentes condições e tipos de motos foi um dos fatores chave para seu sucesso. Rossi competiu com várias fabricantes ao longo de sua carreira, incluindo Honda, Yamaha e Ducati, sempre mostrando um talento excepcional para extrair o máximo de desempenho de cada moto que pilotava.

Maiores Adversários e Rivalidades

A carreira de Valentino Rossi também foi marcada por intensas rivalidades, que tornaram suas disputas ainda mais emocionantes. Vamos relembrar alguns dos maiores adversários que desafiaram Rossi nas pistas:

1. Max Biaggi

A rivalidade entre Rossi e o italiano Max Biaggi começou no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Biaggi, também conhecido como “Il Corsaro”, era um dos principais concorrentes de Rossi na luta pelo título da 500cc e depois na MotoGP. A rivalidade entre eles gerou muitos momentos tensos e disputas acirradas, especialmente após Rossi transferir-se para a Yamaha, enquanto Biaggi continuava com a Honda.

2. Sete Gibernau

O espanhol Sete Gibernau também foi um dos principais adversários de Rossi, especialmente em 2003, quando os dois brigaram pelo título da MotoGP. As corridas entre eles foram sempre emocionantes, com Gibernau se destacando como um dos pilotos mais rápidos da época.

3. Jorge Lorenzo

A rivalidade com o espanhol Jorge Lorenzo durou vários anos, especialmente entre 2008 e 2016. Ambos pilotos correram juntos pela Yamaha e lutaram em várias temporadas pelo título. Embora os dois compartilhassem o mesmo time, a relação entre eles nem sempre foi amistosa, com Rossi e Lorenzo trocando provocações dentro e fora das pistas.

4. Marc Márquez

Nos anos mais recentes de sua carreira, a rivalidade com o espanhol Marc Márquez foi uma das mais notáveis. Márquez, que conquistou títulos mundiais nas temporadas de 2013 a 2019, desafiou Rossi em várias temporadas, levando a disputas eletrizantes e intensas entre os dois. Um dos momentos mais polêmicos dessa rivalidade aconteceu no GP da Malásia de 2015, quando uma colisão entre os dois alterou o rumo do campeonato.

5. Casey Stoner

O australiano Casey Stoner foi outro grande adversário de Rossi, especialmente entre 2007 e 2012. Stoner, campeão mundial da MotoGP em 2007 e 2011, competiu principalmente contra Rossi quando ambos estavam na Ducati e Yamaha, respectivamente. A rivalidade se intensificou quando Stoner, com sua habilidade única de domar a difícil Ducati, desafiou a supremacia de Rossi, especialmente no domínio das pistas mais desafiadoras. A relação entre os dois pilotos foi marcada por momentos intensos, com Stoner sendo um dos poucos a conseguir rivalizar com Rossi de igual para igual nas corridas mais difíceis. A rivalidade culminou em uma disputa de títulos memoráveis, incluindo o campeonato de 2007, quando Stoner levou o título, derrotando Rossi.

Recordes Impressionantes

Valentino Rossi é dono de vários recordes impressionantes na história da MotoGP:

  • Mais vitórias por um piloto italiano – Com 115 vitórias, ele é o piloto italiano com o maior número de vitórias em Grandes Prêmios.
  • Primeiro piloto a vencer em 125cc, 250cc, 500cc e MotoGP – Rossi é o único piloto na história da MotoGP a ter conquistado vitórias em todas as categorias principais do campeonato.
  • Mais pódios em um único circuito – Ele tem o recorde de mais pódios no circuito de Mugello, na Itália, com 9 vitórias.
  • Primeiro piloto a ganhar corridas por 4 décadas diferentes – Valentino Rossi se tornou o primeiro piloto a vencer corridas em cada uma das quatro décadas em que competiu, de 1990 até 2020.

Curiosidades sobre Valentino Rossi

Além de sua carreira brilhante, Valentino Rossi é um personagem fascinante, tanto dentro quanto fora das pistas. Algumas curiosidades sobre sua vida:

  1. O apelido “The Doctor”: Valentino Rossi é conhecido pelo apelido “The Doctor”, uma referência à sua habilidade técnica e inteligência na pista. Esse apelido também faz alusão ao fato de ele ser extremamente meticuloso e analítico ao estudar suas corridas.
  2. O número 46: Rossi sempre competiu com o número 46, um número que tem um significado especial para ele. O número foi o mesmo usado por seu pai, Graziano Rossi, e é agora um símbolo associado ao seu legado.
  3. A equipe VR46: Além de sua carreira como piloto, Rossi criou sua própria equipe de motociclismo, a VR46 Racing Team, que compete em várias categorias, incluindo Moto2 e Moto3. Ele também investiu em pilotos jovens, ajudando a revelar novos talentos.
  4. Amante dos videogames: Valentino é fã de videogames, especialmente jogos de corridas. Ele também é conhecido por ser fã de tênis, especialmente do jogador Roger Federer.
  5. Sua paixão por carros e rally: Fora das motos, Rossi também tem um grande interesse por carros e rally. Ele chegou a competir em algumas corridas de rally, e chegou a participar do famoso Rally de Monza.

O Legado de Valentino Rossi

Após mais de duas décadas competindo no mais alto nível, Valentino Rossi anunciou sua aposentadoria da MotoGP no final de 2021. Sua despedida das pistas marcou o fim de uma era, mas seu legado perdurará por muito tempo. Rossi não só dominou o esporte como também cativou fãs de todas as idades, deixando uma marca indelével na história da motovelocidade.

Valentino Rossi é mais do que apenas um piloto; ele é uma lenda, uma pessoa que transformou a MotoGP em um espetáculo global e uma inspiração para gerações de jovens pilotos. O número 46 será eternamente associado ao seu nome, e sua história continuará a ser contada, década após década, como uma das mais emocionantes e marcantes na história do motociclismo.

Por Jeison Marques

Grande Premio da Itália – Circuito de Mugello

Mugello: O Circuito que Desafia Pilotos e Encanta Fãs de Motovelocidade

Autódromo Internazionale Del Mugello (Scarperia), localizado no coração da Toscana, na Itália, o Circuito de Mugello é considerado um dos mais desafiadores e belos do mundo da motovelocidade. Conhecido por sua topografia acidentada e a combinação única de curvas, retas e mudanças de elevação, Mugello é um verdadeiro espetáculo para pilotos e fãs. Neste post, vamos explorar a história, as características do circuito, os melhores pontos de ultrapassagem e, claro, os últimos vencedores da MotoGP em Mugello.

História e Fundação de Mugello

O Circuito de Mugello foi inaugurado em 1974, mas sua construção remonta ao desejo de ter um autódromo na região da Toscana, uma área famosa por suas paisagens pitorescas e sua cultura automobilística. Com o tempo, o circuito se tornou um dos preferidos entre os pilotos, oferecendo um desafio técnico devido à sua combinação de curvas rápidas e áreas de frenagem intensas. Em 1991, o circuito foi adquirido pelo famoso fabricante de motos Ducati, o que aumentou ainda mais a popularidade do local.

Em 1994, Mugello passou a integrar o calendário da MotoGP, e desde então, a pista tem sido palco de muitas batalhas épicas entre os melhores pilotos do mundo. Sua característica mais notável é a montanhosa configuração, que exige habilidade e coragem para ser dominada, além de ser o circuito que normalmente se obtém o recorde de velocidade do mundial.

Características do Circuito

O Circuito de Mugello é um dos mais exigentes da MotoGP, com um total de 15 curvas, sendo 6 à esquerda e 9 à direita. A pista é famosa por suas mudanças de elevação dramáticas e pela complexidade de seus contornos. As curvas mais lentas são particularmente desafiadoras, e é necessário um equilíbrio perfeito entre potência e controle para superá-las com sucesso.

A pista tem 5.245 metros de comprimento, com uma largura média de 14 metros. Com um layout técnico e sinuoso, Mugello oferece um total de 3.259 metros de reta antes da frenagem na famosa Curva 1, um dos pontos mais emocionantes para as ultrapassagens.

Melhores Pontos de Ultrapassagem

Mugello é um circuito onde a estratégia de ultrapassagem é crucial devido às suas características de pista. Alguns pontos de ultrapassagem se destacam:

  1. Curva 1 (San Donato): Após a longa reta, a primeira curva é um local clássico para ultrapassagens. A frenagem forte exige muita habilidade e confiança por parte dos pilotos, que precisam ser precisos na entrada para evitar quedas ou sair para fora da pista.
  2. Curva 2 (Luco): Logo após a frenagem em Curva 1, a Curva 2 oferece a chance de ultrapassar na parte mais sinuosa da pista. A trajetória ideal pode ser difícil de alcançar, mas quando bem executada, permite ultrapassagens eficazes.
  3. Curvas 12 e 13 (Arrabbiata): Embora não seja um ponto típico de ultrapassagem, a sequência de curvas rápidas é onde muitos pilotos tentam fazer manobras ousadas, principalmente durante as últimas voltas da corrida.
  4. Curva 15 (Bucine): A última curva do circuito antes da reta final é sempre um local onde os pilotos tentam ultrapassar ou defender sua posição. A frenagem intensa e o ângulo da curva criam uma oportunidade para aqueles que têm coragem.

Últimos 5 Vencedores da MotoGP em Mugello

A MotoGP em Mugello sempre oferece grandes surpresas e corridas emocionantes. Aqui estão os últimos 5 vencedores da categoria principal no Circuito de Mugello:

  1. 2024Francesco Bagnaia (Itália): O piloto da Ducati conquistou sua vitória em Mugello em uma prova cheia de tensão, mostrando habilidade e controle sob condições desafiadoras.
  2. 2023Francesco Bagnaia (Itália): A vitória de Bagnaia em 2023 consolidou sua excelente forma no circuito e reafirmou sua maestria nas pistas com curvas técnicas e rápidas.
  3. 2022Enea Bastianini (Itália): O piloto da Gresini Racing teve um desempenho brilhante em Mugello, levando a vitória em uma corrida que o consagrou ainda mais como uma grande promessa do motociclismo mundial.
  4. 2021Francesco Bagnaia (Itália): Mais uma vitória de Bagnaia em Mugello, marcando sua superioridade nas pistas técnicas e garantindo um lugar de destaque no campeonato de 2021.
  5. 2020Andrea Dovizioso (Itália): O veterano da Ducati teve um desempenho sólido, conquistando uma vitória importante no circuito de Mugello, em uma corrida acirrada que manteve os fãs em suspense até o último momento.

Conclusão

O Circuito de Mugello é, sem dúvida, um dos mais desafiadores e emocionantes do mundo. Com sua rica história, paisagens deslumbrantes e um layout técnico, ele continua sendo um dos favoritos tanto dos pilotos quanto dos fãs. Com suas curvas desafiadoras, pontos de ultrapassagem emocionantes e o domínio de grandes campeões como Bagnaia e Dovizioso, Mugello sempre promete momentos inesquecíveis no mundo da MotoGP. Quem será o próximo a conquistar o topo do pódio em Mugello? Só o tempo dirá!

Jeison Marques